NAVEGAÇÃO SEGURA
A internet é um ambiente democrático, dinâmico e sem fronteiras, que abre um universo de informações e possibilidades de comunicação. Mas ela tem riscos, como no "mundo real”.

É preciso entender a dimensão pública desse espaço para acompanhar e orientar as crianças e os adolescentes a utilizar a internet, prevenindo a incidência de crimes como o abuso e a exploração sexual on-line, incluindo a pornografia.

Cada vez mais, crianças e adolescentes ficam em rede, principalmente através de smartphones e tablets, permitindo que fiquem mais tempo conectados e sem a supervisão dos adultos. Filtros e softwares de segurança podem ajudar, mas o acompanhamento presencial e o diálogo contínuo são as formas mais eficazes de proteção.

Nessa nova lógica de comunicação, surgem novos termos para explicar dinâmicas e fenômenos próprios do ambiente online. Conheça alguns:

SEXTING
Neologismo que mistura as palavras texting (digitar um texto, em inglês) com sex (sexo, em inglês). Sexting é o uso de redes sociais, aplicativos e dispositivos móveis para produzir e compartilhar imagens de nudez e sexo. A dimensão pública da rede pode fazer esse conteúdo se espalhar e expor crianças e adolescentes a situações vexatórias. Além disso, quem divulgar ou arquivar essas imagens pode ser penalizado por disseminar pornografia infantojuvenil.

CYBERBULLYING
Termo que denomina o bullying que acontece ou é intensificado e ampliado nos meios digitais. Sem controle de quem vê ou compartilha, os atos que expõem a criança ou o adolescente vítima podem gerar consequências extremas, como quadros graves de depressão e até mesmo o suicídio.

GROOMING
Grooming significa aliciamento em inglês. A expressão é usada para definir genericamente os meios de chantagem e assédio sexual através da internet.

Confira dicas gerais de navegação segura, que podem ser aproveitadas por pessoas de todas as idades, incluindo crianças e adolescentes.

• Nunca divulgue senhas, nome completo, endereços, números de telefone ou fotos íntimas.
• Você distribui qualquer foto sua no mural da escola, no ônibus ou na praia? Por que então divulgar na internet? Pense bem antes de publicar algo. Uma vez na rede, é impossível controlar o uso.
• Evite gravar as senhas e login no computador para não facilitar roubos.
• Comunique-se com educação. Respeito deve valer em qualquer espaço e com qualquer pessoa, mesmo aquelas que não conhecemos.
• Cuidado ao baixar arquivos. Eles podem conter vírus, materiais impróprios ou até mesmo serem ilegais. Antivírus e filtros podem ajudar.
• Nunca aceite que sites instalem programas em seu computador e não faça download de nada que você não saiba exatamente o que é e de onde vem.
• Busque provedores e serviços que ofereçam recursos de segurança e que sejam éticos e responsáveis.
• Dialogue sempre com amigos, parentes e professores para se manter informado sobre segurança na internet.
• Sempre que vir alguma coisa inadequada, que fere os direitos humanos, denuncie em denuncie.org.br


Para prevenir que crianças e adolescentes corram perigo no ambiente on-line, clique abaixo e confira algumas dicas específicas:
Como responsável legal de crianças e adolescentes, você pode participar da forma como a criança ou adolescente navega na web, criando um laço de confiança entre vocês e ajudando-os a não se colocarem em situações arriscadas. Saiba como:

• Pesquise, leia e aprenda sobre a internet. Conheça seu funcionamento e possibilidades de uso. Navegue sozinho e junto com seus filhos. Peça a eles para lhe ensinarem o que conhecem e/ou algo que você tenha interesse. Assim você saberá do que gostam, estreitando o vínculo com eles, valorizando o saber deles e facilitando a conversa sobre o assunto.
• Saiba por quais sites eles navegam e de que redes sociais participam.
• Peça para ler o que eles divulgam em seus blogs, redes sociais, salas de bate-papo e aplicativos de mensagens instantâneas (IM), como o WhatsApp.
• Instrua-os a não divulgar dados pessoais, como nome, endereço, telefone, fotografias, nome da escola e e-mail em redes sociais. Deixe claro que a internet é um ambiente público, como uma praça ou a rua, onde o que é postado é visto por muita gente.
• Caso o acesso à internet seja feito também pelo computador da casa, mantenha-o numa área comum e com a tela visível.
• Caso encontre algum material violento, ofensivo ou pornográfico durante a navegação, converse com seus filhos sobre isso e o que pretende fazer sobre o fato, para que compreendam a gravidade e possam também participar da solução.
• Coloque-se sempre à disposição para ajudar caso eles se sintam em dúvida ou perigo, mesmo se não dominar a tecnologia.
• Opte por programas que filtram e bloqueiam sites. Pesquise para encontrar um que se ajuste às regras previamente estabelecidas e acordadas com seus filhos. Verifique a existência dessas ferramentas também em tablets e smartphones utilizados por seus filhos.
• Oriente-os a utilizar as ferramentas de privacidade das redes sociais, para que apenas pessoas conhecidas tenham acesso aos conteúdos postados por eles.
• Se surgirem dúvidas, verifique. Não ignore qualquer sensação de insegurança.
• Os programas ajudam, mas nunca podem substituir o acompanhamento dos pais. Diálogo e confiança ainda são as melhores tecnologias de segurança.
• Sempre que vir alguma coisa errada, denuncie em denuncie.org.br


Fontes: cartilha Saferdicas SaferNet e Navegar com Segurança.